O lugar da mediação
O lugar da mediação
Inês Fialho Brandão
No nosso quarto episódio, entrevistámos a museóloga Inês Fialho Brandão, coordenadora do Espaço Memória dos Exílios, um núcleo museológico da Câmara Municipal de Cascais dedicado à evocação da memória de Cascais e do Estoril como locais de refúgio, espera e passagem de milhares de exilados e refugiados da Guerra Civil de Espanha e da Segunda Guerra Mundial.
Doutoranda na National University of Ireland, Inês Fialho Brandão colabora com instituições culturais em projetos de curadoria, educação e comunicação, e foi até há pouco tempo diretora do Farol-Museu de Santa Marta. Hoje à frente deste Espaço Memória dos Exílios, o seu trabalho tem sido construído em torno dos temas da mediação, da experiência de visita, e do papel que o museu deve ter na luta permanente entre a memória viva da história e o esquecimento.
Observadora atenta do panorama museológico, o seu trabalho de investigação tem procurado trazer clareza ao complexo e obscuro tema da origem de muitos dos objetos e obras de arte presentes nas coleções de instituições portuguesas, provando que o confronto com o passado, central na missão do museu, passa também pelo confronto com a própria história destas instituições.